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Comunidade internacional considera o bloqueio inadmissível

NAÇÕES UNIDAS.— As nações participantes da 66ª Assembleia Geral das Nações Unidas, rechaçaram, terça-feira, 25 de outubro, de maneira contundente e pela vigésima ocasião, o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos a Cuba.

O embaixador da Venezuela na ONU, Jorge Valero reiterou sua condenação ao bloqueio criminal contra a Ilha e indicou que o assédio a Cuba "não é um dispositivo abstrato, aplicado contra um governo", pelo contrário, tem "impactos dramáticos na vida cotidiana (...) e representa uma violação em massa dos direitos humanos de um povo digno e soberano".
 
O embaixador venezuelano indicou que em meio de um contexto "caracterizado por constantes ameaças à soberania dos Estados e por violações sistemáticas à legalidade internacional", agora mais do que nunca se torna necessário "exigir o fim do vergonhoso bloqueio contra Cuba".

"Está na hora de cessarem os padrões duplos na aplicação da justiça internacional. Não podemos continuar permitindo que os fracos sejam condenados, só por serem fracos, e sejam toleradas as violações cometidas pelos imperialistas do Norte", exigiu.

O representante da delegação chinesa, Li Bandung, qualificou o bloqueio de insensato, pelo qual exigiu a Washington levantar a medida ilegal e começar a normalizar as relações com a nação caribenha.

"A China sempre acreditou que os países devem desenvolver relações mútuas, alicerçadas no respeito aos direitos e à soberania", manifestou Bandung.

A nação asiática enfatizou que se oporá a toda sanção unilateral contra Cuba, porque "viola o direito à sobrevivência e ao desenvolvimento" assim como "afeta as relações comerciais entre os países".

A política hostil de Washington foi qualificada pela Rússia como inadmissível e seu representante destacou que a medida teve efeitos contrários aos que se queriam obter durante a Guerra Fría.

"A prática desta sanção, na contramão das relações internacionais, desde há 50 anos, demonstra que são violados os interesses de terceiros países, por causa de medidas inerentes ao bloqueio", assinalou.

O representante permanente do Vietnã na ONU, Le Hoai Trung, condenou igualmente o bloqueio, exigindo seu cessar imediato, porque viola a política internacional proclamada pela Carta da ONU, tem um efeito contraproducente e ilegal, no plano mundial, e atenta contra a vida de um povo todo, sustentou.

O diplomata referiu-se, igualmente, aos acordos adotados no seio do Movimento dos Não-Alinhados contra a política hostil de Washington, acrescenta a agência PL.

Entretanto, a Bielorrúsia, através do representante de sua delegação, Nikolai Ovcyanko, denunciou o bloqueio como uma violação dos princípios das Nações Unidas.

Para o diplomata bielorruso, as medidas punitivas unilaterais de Washington constituem uma ruptura com os princípios do Direito Internacional e, ao mesmo tempo, influem negativamente nas condições de vida do povo cubano.

"Bielorrúsia rechaça, nesse sentido, qualquer enfoque baseado no emprego de medidas comerciais unilaterais, em detrimento de outros estados", sublinhou o diplomata, denunciando, aliás, a aplicação a seu país de disposições similares.

Outras nações como a Bolívia, México, Nicarágua e Uruguai, fundamentaram seu voto a favor da resolução apresentada por Cuba. 

Ao concluir a votação, inúmeros diplomatas se aproximaram do assento de Cuba para parabenizarem o chanceler.
Ao concluir a votação, inúmeros diplomatas
se aproximaram do assento de Cuba
para parabenizarem o chanceler.

Fonte: Granma

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