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EUA contrata "especialistas" para saturar celulares cubanos com propaganda suja!

A empresa Washington Software, localizada na cidade de Maryland, acaba de assinar um contrato com o governo dos EUA para estabelecer um sistema capaz de bombardear com dezenas de milhões de mensagens de texto os usuários de telefone celular de Cuba, violando todas as regras éticas e de regulações internacionais em matéria de comunicação.

Segundo os termos do convênio a empresa contratista terá que desenhar "um sistema de mensagem de texto" destinado a contra-arrestar supostas "tentativas do governo cubano de bloquear as mensagens políticamente sensíveis", revela o site alongthemalecon, do jornalista Tracey Eaton, famoso investigador da questão cubana.

Esta gigante operação de ''spamming'', que ameaça afetar seriamente o funcionamento normal do serviço de SMS oferecido aos usuários de celulares cubanos, que chega  à milhões de pessoas, tem sua origem na Junta de Governadores de Radiodifusão, ou BBG, um órgão federal encarregado de supervisionar a qualidade das comunicações.
As ofertas solicitadas e publicadas em 17 de agosto, destacam que trata-se de um contrato de 84 Mi dólares durante o primeiro ano. Outras opções mostram que o contrato poderia subir para 464.160 dólares em um ano.

O Alongthemalecon informa que um possível contratista se perguntou se a campanha de mensagens de texto seria legal. E a BBG lhe respondeu que não deveria se preocupar com esse "detalhe".

Será a BBG quem vai redigir as mensagens de propaganda suja que o "contratista" deverá difundir, sem direito a alteração?

"A agência assume a responsabilidade pelo conteúdo das mensagens. O contratista assume toda a responsabilidade a respeito desse requisito e deve considerar todos os aspecto desse requisito antes de apresentar uma oferta". A tradução veio do jornalista Tracey Eaton: "Se o senhor está preocupado com os problemas legais, não se dê o trabalho de solicitar contrato".

O primeiro ano dessa operação "spam", ordenada pelo governo dos Estados Unidos, terá um período de vigência que vai do dia 15 de setembro de 2011 até 14 setembro de 2012. O endereço da empresa ganhadora é: 20410 Century Blvd., Ste. 220, em Germantown, Maryland. Entre seus cliente figuram o Departamento de Educação dos EUA, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos e o Departamento do Trabalho e outras agências governamentais. Só faltou a CIA, o FBI e o Pentágano, que devem ter sido omitidos na lista. Mas a Washington Software também atende outras empresas como a IBM e Lockheed Martin.

Um bombardeio de 24 mil mensagens por semana. Segundo as especificidades da contratação o "contratista" deverá desenhar a operação do sistema para administrar o envio de mensagens SMS das emissoras OCB para usuários de telefone celular em Cuba, incluindo as técnicas de manipulação e subistituição de palavras-chave em mensagens individuais para burlar a censura''. O contratista deve "ser capaz de distribuir até 24 mil mensagens em uma semana".

Curiosamente, a tempestade de propaganda nunca deve decair "às 1,8 mil mensagens por hora" sem a aprovação da BBG, diz textualmente o contrato. A técnica utilizada de deve incluir a possibilidade de realizar mudanças "para evitar a detecção das mensagens que serão enviadas em grandes quantidades a muitos inscritos".

Além disso, "essa ténica pode incluir a alteração de palavras-chave, onde as palavras potencialmente provocadoras que poderiam ser censuradas e substituir por outras palavras ou até por caracteres que deixam o significado intacto, mas que impede a detecção, como, por exemplo, substituir 'o' por '0' ou o 'i' pelo '1'".

O contratista deve permitir a entrada de mensagens de SMS nos idiomas espanhol e inglês, através de uma interface com a web, assim como distribuir corretamente as mensagens de SMS por meio das redes de celular de tal maneira que todas as mensagens, especialmente aquelas utilizadas só em espanhol, não sejam alteradas durante o processo de envio.

O mais saboroso, e com cheiro de CIA e outros orgãos de inteligência imperial: a BBG é quem vai fornecer os números de celular que o contratista não poderá "dar, vender, entregar, ou de quaquer forma, distribuir ou utilizar" para outro negócio, organização, serviço, ou qualquer governo, dos EUA ou estrangeiro - por ser "propriedade estrita da Junta de Governadores de Radiodifusão, da Oficina Internacional de Radiod.
Fonte: Solidários

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