Cuba afirmou hoje que a maior ameaça que a humanidade enfrenta é o campo nuclear e a existência de enormes arsenais de armas desse tipo e seu possível uso ou ameaça de uso.
Se utilizadas somente uma pequena parte dos 23 mil artefatos nucleares existentes, isso conduziria inevitavelmente ao inferno nuclear e por tanto a extinção da espécie humana, assegurou o ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez.
O chanceler interveio em uma reunião de alto nível sobre seguridade nuclear e advertiu que essa alarmante realidade se faz mais grave ainda por conta da persistência de doutrinas militares baseadas no emprego destas ditas armas.
Foi dito que para Cuba e o Movimento de Países Não Alinhados (MNOAL) a “primeira prioridade é na esfera do desarme nuclear” e destacou a importância de um plano de ação neste campo adotando por essa agrupação de Estados.
Neste sentido, sublinhou a iniciativa de convocar uma conferência internacional de alto nível dirigida a determinar formas e meios de eliminar as armas nucleares o mais breve possível.
Rodríguez defendeu a criação de um programa para a eliminação completa dos arsenais atômicos em um prazo de tempo especifico e para proibir seu desenvolvimento, produção, aquisição, teste, transferência, uso ou ameaça de uso e disposições para uso.
Em uma parte de sua intervenção em nome do MNOAL, o chanceler cubano reafirmou o direito inalienável dos países em desenvolvimento a pesquisa, produção e utilização de energia nuclear com fins pacíficos sem discriminação.
Disse que os Não Alinhados reconhecem ainda que “a decisão de exercer este direito, em particular a geração de energia nuclear continua sendo um direito inalienável e uma decisão soberana de cada país.
Recordou que o MNOAL consideram a Organização Internacional de Energia Atômica (OIEA) como a única organização intergovernamental dentro sistema da ONU com o mandato e a experiência para abordar temas técnicos de segurança e proteção nuclear.
Assim mesmo, indicou que toda revisão das normas de segurança nuclear a nível global deve realizar-se em um marco da OIEA de maneira transparente, com previa consulta e participação de todos Estados e seus membros.
Sobre a preparação dos países para enfrentar situações de emergência, o chanceler pontualizou que o processo de aprendizagem deve ser liderado pela OIEA e ter em conta os interesses dos países em desenvolvimento.
Mais adiante, expressou a preocupação do MNOAL frente a imposição de restrições excessivas a exportação dos países em desenvolvimento de matérias primas, equipamentos e tecnologia com fins pacíficos.
Neste sentido, reclamou aos Estados industrializados que permeiam os subdesenvolvidos participarem da transferência de equipamentos e materiais de caráter nuclear e de informações tecno-cientificas neste âmbito com fins pacíficos.
Rodríguez reafirmou que o MNOAL enfatiza a inviolabilidade das atividades nucleares com fins pacíficos.
Qualquer ataque ou ameaça contra as instalações nucleares com fins pacíficos, em exploração ou em construção, supõem um grave perigo para os seres humanos e ao meio ambiente e constitui uma grave violação do direito internacional, acrescentou.
Assim reiterou a necessidade imperiosa de contar com um instrumento amplo e negociações multilaterais que proíbam os ataques ou ameaças contra instalações nucleares dedicadas a utilização da energia com fins pacíficos.
Fonte: Granma Internacional
Tradução: Cuba Liberdade
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