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O oportunismo de Yoani Sánchez

A multipremiada blogueira Yoani Sánchez acrescentou novas pérolas ao ciberbestiário, conforme o apresentado em sua antológica entrevista ao historiador francês Salim Lamrani [*].
 
Em diálogo com o jornal porto-riquenho El Nuevo Dia, a senhora Sánchez investe contra o povo cubano, a quem atribui o comportamento daqueles que, como ela, só pensam com o bolso:

“Digamos que haja uns 10% de pessoas que acreditam realmente no sistema, que estão próximos aos governantes. Há uns 10% no outro extremo, que acreditam que é preciso ser completamente desmontado. Em média, uns 80% que se move de um lado para outro, segundo sopra o vento, porque o oportunismo penetrou muito fundo no país. Se amanhã Raúl Castro disser que os salários vão ser aumentados em 40 pesos cubanos, esses 80% estarão com os 10% que aplaudem; se depois de amanhã, Castro disser que o café não será mais puro, mas misturado com grão-de-bico, esses 80% passarão para outro lado”.

Ao que parece, preocupada em perder destaque na imprensa da metrópole, após documentos revelados por Wikileaks, que demonstraram sua subordinação ao governo dos Estados Unidos, esta pessoa agora deprecia seus compatriotas diante de um jornal da colônia que os EUA mantêm no Caribe.

Para maior subserviência, ela se declara a serviço de quem usurpou a independência do povo de Porto Rico e quer converter Cuba em uma colônia estadunidense.

Se “o oportunismo calou fundo o país”, os que atuam como Yoani Sánchez levaram a maior parte, atuando “de acordo como sopra o vento’ dos dólares que recebem por agradar ao Tio Sam.

Embora a entrevista tenha o dramático nome de “Cuba: últimas imagens do naufrágio”, é a credibilidade da senhora Sánchez que não tem mais remédio, após as referidas revelações de Wikileaks. Certamente, o entrevistador relata que falaram “sem medo” e deve ser por isto que a palavra Wikileaks não aparece em nenhuma parte…

Fonte: Cubadebate

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