Havana, 17 out (Prensa Latina) O setor da cultura de Cuba sofreu perdas que ultrapassam a 14 milhões 913 mil 300 dólares como consequência do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto por Estados Unidos desde há quase meio século ao país caribenho.
Essa postura Washington se materializou basicamente em rendimentos deixados de perceber por exportação de bens e serviços, deslocamento para outros mercados, despesas adicionais em fletes e seguros e afetações monetário-financeiras.
À cinematografia cubana foi-lhe impossível adquirir nos Estados Unidos materiais, peças de reposição e equipamentos, como filmes virgem e produtos químicos para o Laboratório Cinematográfico do Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográficos (ICAI).
Também não pôde-se ter acesso aos acessórios para equipamentos cinematográficos, o uso de licenças, patentes e marcas, como o THX, Dolby, MAC, Avid, Toons e Scenarist, para os processos de pós-produção audiovisual.
O ICAI também foi afetado em seu programa de publicidade comercial diante da impossibilidade de participar junto a empresas norte-americanas dedicadas a essa especialidade em setores como linhas aéreas, turismo, arte, cultura e desportos.
De acordo com um relatório sobre a resolução 65/6 da Assembleia Geral das Nações Unidas, intitulada Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba", o Departamento do Tesouro informou ao Centro de Estudos cubanos em Nova York que não renovaria sua licença.
Tal decisão impediu levar a cabo projetos de intercâmbio cultural com instituições cubanas, precisa o documento.
A Empresa ARTEX S.A viu-se afetada na comercialização de discografía, serviços fonográficos e direitos editoriais devido à impossibilidade de vender discos de maneira associada às apresentações que se realizam nos Estados Unidos.
O Conselho Nacional de Patrimônio Cultural não tem acesso a programas vinculados às novas tecnologias tais como Google Earth e os Software Mapinfo e Arcview, utilizados no tratamento dos mapas e informação digital, com seus correspondentes tutoriais para aprender o uso mais adequado dos mesmos.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, mantém intacta essa política contra Cuba, iniciada há quase meio século, apesar dos intensos e crescentes reclames da comunidade, aponta o texto.
O dano econômico direto ocasionado ao povo de Cuba até dezembro de 2010, a preços correntes, calculados de forma muito conservadora, ultrapassa a uma cifra que supera os 104 bilhões de dólares.
Se toma-se em consideração a depreciação do dólar em frente ao ouro no mercado financeiro internacional, que foi sumamente elevada durante o 2010, a afetação à economia cubana seria superior aos 975 bilhões de dólares.
Fonte: Prensa Latina
Nenhum comentário:
Postar um comentário