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Exportações de software cubano longe de mercado estadunidense

Havana, 24 out (Prensa Latina) Com mais de 150 milhões de dólares em rendimentos anuais, a empresa cubana Albet comercializa hoje software em países latino-americanos, na Espanha e em Angola, enquanto vê afastarem-se suas opções de entrada no mercado estadunidense.
 
A diretora geral da empresa criada em 2005, Daisy Oropesa, assegurou que poderiam vender parte de seus 30 produtos às pequenas e médias empresas (Pymes) nos Estados Unidos se isso não fosse impedido pela política anticubana da Casa Branca.

Diante dessa situação, focamos nossas opções fundamentalmente nos membros da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA), disse Oropesa à Prensa Latina depois de assinalar México, Argentina e Venezuela como os principais receptores.

Interrogada sobre a busca de espaços na Europa, a diretora explicou que não conseguiram entrar ali como esperavam, à exceção de pequenas ações de exportação na Espanha.

No caso de Angola, assegurou que começaram determinados trabalhos ainda muito modestos, que têm uma projeção de crescimento com tempo.

No entanto, para Oropesa a hostilidade de Washington contra Havana tem impactado na dilatação dos cronogramas de entrega das soluções integrais [software] aos clientes ante a negativa de empregar programas proprietários patentados por companhias norte-americanas.

Ao trabalhar sobre plataformas de código aberto, alguns desenvolvimentos tiveram que partir desde o zero, manifestou.

Desse modo, continuou, dedicaram-se mais recursos humanos e materiais para a atividade de investigação-desenvolvimento com objetivo de obter uma solução com bandeiras de qualidade similares aos de plataformas proprietárias.

São danos não quantificáveis o fato de alguns projetos terem atrasado até um ano por não empregar tecnologias criadas no país do norte, argumentou Oropesa, para quem o uso de software livre blinda a imagem da empresa diante de reclamações de outros fabricantes.

A empresária afirmou que os Estados Unidos também se priva das tecnologias produzidas por Albet na área de saúde, as quais têm tido prestígio na América Latina.

Só este ano, a política hostil do país vizinho ocasionou perdas de 17 milhões de dólares à empresa, que comercializa produções da Universidade de Ciências Informáticas e de outras entidades nacionais.

Dessa cifra, cerca de 10 milhões foram quantificados pela impossibilidade de empregar tecnologia norte-americana, cinco por rendimentos não recebidos por exportações a companhias estadunidenses a partir de alianças com fornecedores desse mercado.

Enquanto outros dois milhões custaram as constantes transferências a outras moedas pelo impedimento da nação caribenha de usar o dólar em suas transações financeiras internacionais.

Fonte: Prensa Latina

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