Havana (Prensa Latina) A América Latina encontra hoje na Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA) uma esperança para assinalar os descalabros de séculos de dominação, governos servis às grandes potências e tragédias sociais e econômicas.
Feitos todos que converteram à região em matéria-prima e mão-de-obra barata das grandes transnacionais.
A sete anos de ter sido criada por Cuba e Venezuela, a ALBA ultrapassa as velhas teorias sobre integração regional e devém um esquema inovador com princípios diferentes e sólidos.
Não é um processo eminentemente comercial, mas enfatiza a dívida social acumulada na América Latina e afiança suas bases na solidariedade e cooperação, em contraposição às vantagens comparativas.
O diretor do Centro de Investigações da Economia Mundial em Cuba, Osvaldo Martínez, qualificou-a recentemente de destino histórico. "O continente tem razões históricas que impõem uma integração para unificar aos povos", assinalou.
O fato de compartilhar uma história colonial e neocolonial similar, de ter uma língua comum onde somente dois idiomas permitem o entendimento entre centenas de milhões de pessoas, e possuir vizinhança geográfica, fazem da nova integração uma necessidade.
Os processos anteriores à ALBA estiveram caracterizados pelo escasso comércio interregional, apesar de que este deveria ser seu ponto forte, e pela falta de atenção aos aspectos sociais e ambientais.
A isto se agregou a ausência de trato preferencial aos países de menor desenvolvimento e a falta de coordenação de políticas macro-econômicas que marcaram a realidade do continente, além das privatizações em massa entre os anos 80 e 90.
O neoliberalismo, com seus princípios de que o mercado o resolve tudo, cavou fundo nas perspectivas da América unida e provocou a desintegração total e a debilidade de projetos atuais como o Mercado Comum do Sul ou a Comunidade Andina de Nações.
Finalmente, nos últimos anos os Estados Unidos arquitetaram novas políticas como o Acordo de Livre Comércio para as Américas (ALCA), derrotado em seu propósito inicial de abarcar toda a América, mas com terríveis mutações: os Tratados de Livre Comércio (TLC) bilaterais.
Contraparte da ALCA: A ALBA
Talvez o único saldo positivo que deixaram estas alianças comerciais em condições sempre desvantajosas para os países de baixos rendimentos, foi a criação da ALBA para contrabalançar os TLC.
A alternativa, criada em 2004, promove projetos sociais em matéria de saúde e educação e proporciona as vantagens de um intercâmbio comercial justo e crescente.
Entre seus principais avanços energéticos destacam os fornecimentos estáveis de combustíveis em condições de solidariedade, e a criação da Petrocaribe, que surgiu com a idéia de contribuir à segurança do setor petroleiro na área do Caribe.
Recentemente, acaba de ser concluída outra cúpula da ALBA, integrada ademais pela Nicarágua e Bolívia e à que Dominica acaba de se unir.
O maior acordo ali realizado foi um banco que prevê financiar projetos de grande impacto social e garantirá estabilidade e sustentabilidade frente à turbulência financeira internacional.
O ministro venezuelano de finanças reforçou recentemente que o banco é uma ferramenta financeira fundamental para impulsionar as iniciativas em termos de desenvolvimento.
Em momentos em que uma segunda recessão econômica nos Estados Unidos se aproxima e as crises financeiras globais são cada vez mais freqüentes, os fluxos de capitais para América Latina perigam dia a dia.
O gigante do norte segue sendo o principal sócio comercial da América Latina, pelo que uma desaceleração de sua economia provocará uma diminuição real das exportações e outros impactos que ainda são uma grande interrogante para o continente.
Por isso o maior desenvolvimento da ALBA permitirá independência dos sinais negativos que hoje as instáveis economias dos países ricos impõem ao resto da América.
À diferença da ALCA, a ALBA promove as alianças comerciais sem afetar a estrutura econômica dos países membros, e favorece convênios sociais e acordos de segurança energética e alimentária.
A propósito de suas possibilidades, o chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, tem dito: "A ALBA é superior a todos os demais esquemas de integração porque tem a capacidade de pôr o ser humano no centro, de consolidar a soberania política e também de despontar os grandes projetos que permitirão aos nossos países caminhar com pés próprios para o futuro".
Fonte: PrensaLatina
A sete anos de ter sido criada por Cuba e Venezuela, a ALBA ultrapassa as velhas teorias sobre integração regional e devém um esquema inovador com princípios diferentes e sólidos.
Não é um processo eminentemente comercial, mas enfatiza a dívida social acumulada na América Latina e afiança suas bases na solidariedade e cooperação, em contraposição às vantagens comparativas.
O diretor do Centro de Investigações da Economia Mundial em Cuba, Osvaldo Martínez, qualificou-a recentemente de destino histórico. "O continente tem razões históricas que impõem uma integração para unificar aos povos", assinalou.
O fato de compartilhar uma história colonial e neocolonial similar, de ter uma língua comum onde somente dois idiomas permitem o entendimento entre centenas de milhões de pessoas, e possuir vizinhança geográfica, fazem da nova integração uma necessidade.
Os processos anteriores à ALBA estiveram caracterizados pelo escasso comércio interregional, apesar de que este deveria ser seu ponto forte, e pela falta de atenção aos aspectos sociais e ambientais.
A isto se agregou a ausência de trato preferencial aos países de menor desenvolvimento e a falta de coordenação de políticas macro-econômicas que marcaram a realidade do continente, além das privatizações em massa entre os anos 80 e 90.
O neoliberalismo, com seus princípios de que o mercado o resolve tudo, cavou fundo nas perspectivas da América unida e provocou a desintegração total e a debilidade de projetos atuais como o Mercado Comum do Sul ou a Comunidade Andina de Nações.
Finalmente, nos últimos anos os Estados Unidos arquitetaram novas políticas como o Acordo de Livre Comércio para as Américas (ALCA), derrotado em seu propósito inicial de abarcar toda a América, mas com terríveis mutações: os Tratados de Livre Comércio (TLC) bilaterais.
Contraparte da ALCA: A ALBA
Talvez o único saldo positivo que deixaram estas alianças comerciais em condições sempre desvantajosas para os países de baixos rendimentos, foi a criação da ALBA para contrabalançar os TLC.
A alternativa, criada em 2004, promove projetos sociais em matéria de saúde e educação e proporciona as vantagens de um intercâmbio comercial justo e crescente.
Entre seus principais avanços energéticos destacam os fornecimentos estáveis de combustíveis em condições de solidariedade, e a criação da Petrocaribe, que surgiu com a idéia de contribuir à segurança do setor petroleiro na área do Caribe.
Recentemente, acaba de ser concluída outra cúpula da ALBA, integrada ademais pela Nicarágua e Bolívia e à que Dominica acaba de se unir.
O maior acordo ali realizado foi um banco que prevê financiar projetos de grande impacto social e garantirá estabilidade e sustentabilidade frente à turbulência financeira internacional.
O ministro venezuelano de finanças reforçou recentemente que o banco é uma ferramenta financeira fundamental para impulsionar as iniciativas em termos de desenvolvimento.
Em momentos em que uma segunda recessão econômica nos Estados Unidos se aproxima e as crises financeiras globais são cada vez mais freqüentes, os fluxos de capitais para América Latina perigam dia a dia.
O gigante do norte segue sendo o principal sócio comercial da América Latina, pelo que uma desaceleração de sua economia provocará uma diminuição real das exportações e outros impactos que ainda são uma grande interrogante para o continente.
Por isso o maior desenvolvimento da ALBA permitirá independência dos sinais negativos que hoje as instáveis economias dos países ricos impõem ao resto da América.
À diferença da ALCA, a ALBA promove as alianças comerciais sem afetar a estrutura econômica dos países membros, e favorece convênios sociais e acordos de segurança energética e alimentária.
A propósito de suas possibilidades, o chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, tem dito: "A ALBA é superior a todos os demais esquemas de integração porque tem a capacidade de pôr o ser humano no centro, de consolidar a soberania política e também de despontar os grandes projetos que permitirão aos nossos países caminhar com pés próprios para o futuro".
Fonte: PrensaLatina
Nenhum comentário:
Postar um comentário