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Administração Obama: Recorde de sanções a comercialização com Cuba

Havana, 14 out (Prensa Latina) O governo de Barack Obama impôs mais de 1,1 bilhão de dólares por conceito de multas a entidades ou cidadãos por comercializar com Cuba, cifra superior às registradas em administrações estadunidenses anteriores.

O valor total das multas pagas por mais de 20 pessoas físicas e jurídicas condenadas neste período "supera com acréscimo" as impostas com antes, afirmou hoje à imprensa o primeiro vice-ministro do Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro, Orlando Hernández Guillén.

Frente a tais números "não podemos falar de flexibilização de medidas contra Cuba", ao contrário, "os Estados Unidos dá as costas cada vez com mais força ao pedido mundial de acabar com o bloqueio econômico e financeiro a nosso país", afirmou.

Acrescentou que a aplicação de sanções e pressões dos Estados Unidos a empresas, bancos e cidadãos que comercializam com Cuba gera um efeito dissuasivo entre os potenciais investidores e impede estabelecer negócios conjuntos em importantes setores.

O servidor público denunciou que o bloqueio e leis vigentes como a Helms-Burton e a Torricelli impedem acessar tecnologias de ponta estadunidenses para desenvolver a indústria petroleira, a saúde, a aviação e outros setores econômicos e sociais.

Além disso, disse, obstaculizam o acesso a financiamentos provenientes de bancos estrangeiros para o desenvolvimento de projetos com investimento externo direto no país, ao mesmo tempo que penaliza bancos que eventualmente poderiam participar em investimentos na ilha.

"As afetações que causa a guerra econômica dos Estados Unidos contra Cuba se mantêm com toda sua força e se recrudescem", ressaltou o vice-ministro.

Nenhuma das medidas adotadas pela administração de Obama, remarcou, implicaram mudanças substanciais na política estadunidense para a ilha, seu alcance tem sido muito limitado.

Estas, assinalou, se dirigiram apenas à eliminação de restrições muito pontuais, mantendo em essência o bloqueio imposto a nosso país desde 1962, como uma arma de pressão política.

Hernández destacou que hoje "é mais complexo para Cuba" o desenvolvimento de suas atividades normais vinculadas ao comércio exterior, ao investimento estrangeiro e à cooperação internacional.

O vice-ministro destacou que embora Cuba consolida as relações com outros países, isto não aminora os brutais efeitos do bloqueio, os quais obstaculizam o desenvolvimento econômico do país.

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